domingo, 26 de abril de 2009

Agenda

Dia 1º de maio a cia Arirú Tupã Pará estará se apresentando em dois lugares:
  • Escola Salesiana do Trabalho "Aniversário da Escola"

Horário: 11:00h

  • Estação das Docas " Projeto por do Som"

Horário: 18:00

Venha prestigiar...entrada gratuita.

Nós aguardamos você!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Musicas

ESTE RIO É MINHA RUA

Este rio é minha rua
Minha e tua mururé
Piso no peito da lua
Deito no chão da maré (bis)

Pois é Pois é Eu não sou de Ígarapé
Quem montou na cobra grande (bis)
Não se escancha em puraqué

Rio abaixo rio acima minha sina cana é
Só em falar na mardita (bis)
Me alembrei de abaeté

Pois é, pois éEu não sou de igarapé
Quem montou na cobra grande
Não se escancha em puraqué

Me arresponda boto preto
Quem te deu esse pixé
Foi limo de maresia
Ou inhaca de mulher (bis)

Pois é, pois é
Eu não sou de Ígarapé
Quem montou na cobra grande
Não se escancha em puraqué


Paulo Andre Barata

BELÉM, PARÁ, BRASIL

Vão destruir o Ver-o-Peso
Pra construir um Shopping Center
Vão derrubar o Palacete Pinho
Pra fazer um Condomínio
Coitada da Cidade Velha,
que foi vendida pra Hollywood,
pra se usada como albergueno
novo filme do Spielberg

Quem quiser venha ver
Mas só um de cada vez
Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês

A culpa é da mentalidade
Criada sobre a região
Por que é que tanta gente teme?
Norte não é com M
Nossos índios não comem ninguém
Agora é só Hambúrguer
Por que ninguém nos leva a sério ?
Só o nosso minério
Quem quiser venha ver
Mas só um de cada vez
Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês

Aqui a gente toma guaraná
Quando não tem Coca-Cola
Chega das coisas da terra
Que o que é bom vem lá de fora
Transformados até a almasem cultura e opinião
O nortista só queria fazerparte da Nação
Ah! chega de malfeituras
Ah! chega de tristes rimas
Devolvam a nossa cultura!
Queremos o Norte lá em cima!
Por quê? Onde já se viu?
Isso é Belém!Isso é Pará!Isso é Brasil!

terça-feira, 21 de abril de 2009

O que é Folclore?


O Folclore é : O conjunto de manifestações de caráter popular de um povo, ou seja é o conjunto de elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter de tradicional destas representações sempre transmitidas de uma geração para outra através da prática (os pais ensinam aos filhos, que desde pequeninos já praticam).O folclore varia bastante de um Pais para o outro, e até mesmo dentro de um Estado é bastante variável,pois as diferenças entre as regiões são muito grandes.No caso do Brasil o folclore foi resultado da união da Cultura a partir da miscigenação de três povos (Europeu, Africano, Ameríndio). O que resultou é que em muitas regiões brasileiras o folclore é muito diferente, pois devido as influências de cada um destes povos formadores do Brasil, algumas regiões apresentam uma maior tendência a uma origem mais detalhada, por exemplo, no Nordeste na zona Litorânea as presenças das influências indígenas, Portuguesas e negra são que quase igualadas, já mais para para o Sertão a presença da Cultura negra não é muito marcante como no litoral. Lembrando que as manifestações folclóricas brasileiras, na sua grande maioria são manifestações de caráter de um povo mestiço, ou seja sofrem influência de diversas raças,mas apresenta caracteristicas proprias e que também a grande maioria são manifestações completas em caráter artístico pois possuem elementos do Teatro,Dança,Musica e Artes Plásticas.

Folclore é uma palavra de origem inglesa cujo significado é ''conhecimento popular''. As manifestações da cultura de um povo, seja através de suas lendas da sua alimentação, do seu artesanato, das suas vestimentas e de muitos de seus hábitos originais e os enrriqueceram com novos hábitos criados após a reunião. O folclore é passado de pais para filhos, geração após geração. As canções de ninar, as cantigas de roda, as brincadeiras e jogos e também os mitos e lendas que aprendemos quando criança são parte do folclore que nos ensinam em casa ou na escola. Fazem parte do folclore os utensílioss que o povo fabrica para o uso de ornamentação, como as cestas de vime, e os objetos de cerâmica, madeira e couro. Os tecidos, a renda, os adornos de miçangas e penas, também existem ainda muitas outras atividades que fazem parte do folclore. O folclore é o meio que o povo tem para compreender o mundo. Utilizando a sua imaginação, o povo procura resolver os mistérios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus próprios temores. Conhecendo o folclore de um país podemos compreender o seu povo. E assim passamos a saber, ao mesmo tempo, parte de sua História.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Histórico


Criada em 25 de setembro de 1989 o "GRUPO DO TUCUNDUBA" no centro social tucunduba - CST - , hoje escola Hiolanda Martins, que auxilia portadores de necesseidades especiais no bairro do Marco, tendo na oportunidade a saudosa Srª Maria de Deus como primeira coordenadora do grupo, que incentivava as crianças da área a se dedicarem a aprenderem danças regionais de nosso estado. Em 1994, o grupo torna-se independente do CST e é rebatizado, nascendo assim a "CIA DE DANÇA PARAFOLCLÓRICA ARIRÚ TUPÃ PARÁ" que em tupi-guarani significa "DEUS SALVE O PARÁ", com os mesmos propósitos. Hoje a CIA ARIRÚ conta com 25 profissionais entre MÚSICOS E BAILARINOS ( de danças regionais, toadas e dança de salão ), além de sua equipe de apoio técnico, tendo em seu repertório danças como: XOTE BRAGANTINO, DESFEITEIRA, LUNDÚ MARAJOARA, SIRIÁ, ESTE RIO COM NAVIO GAIOLA ( CARIMBÓ ), CÔCO PRAIEIRO, TOADAS E BOIS BUMBÁS, XAXADO, SAMBA DE GAFIEIRA E AS LENDAS DA IARA, MATINTA PEREIRA, DA COBRA GRANDE e DO BOTO.Nossos MÚSICOS: WAlDEZ GARCIA: Flauta Transversal, Sax Alto e Voz, CARLOS e CÉSAR: Violão, WALDECIR GARCIA: Voz, JENILSON: Teclado, RONALDO: Curimbó e Percussão Geral, ERICK: Triângulos e Maracas.Coordenação Geral: Waldez e Waldemir Garcia.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Danças...




CÔCO

Seus versos mostram a mistura de expressão típica dos caboclos e dos escravos com uma influência mínima do estilo lusitano. De acordo com a coreógrafa Nazaré Azevedo, a dança do Coco, não tem local exato de onde se originou, pois era dançada em vários municípios do estado e em outros estados também, tem como figura central um coco, sendo encontrada em quase todos os lugares do Pará, do Amazonas e do Brasil, principalmente naqueles onde há praias.

DESFEITEIRA

A Desfeiteira é uma dança que tem origem na vila de Alter-do-Chão, paraíso ecológico localizado a cerca de 30 quilômetros do município de Santarém (PA), na Região do Baixo Amazonas. Pela proximidade com o Estado do Amazonas, lá também a Desfeiteira acabou se integrando à cultura popular local. Mas é na festa do Çairé, em Santarém (no mês de setembro), que se pode ver com mais freqüência essa manifestação folclórica, ainda nos dias atuais.
A dança recebe o acompanhamento musical com instrumentos percussivos de pau e corda, além do sopro. São usados curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas.
Os casais de dançarinos se posicionam em duas colunas de pares. Em geral, as mulheres se posicionam à direita dos homens. A dança começa com os homens com o braço esquerdo voltado para as costas. A mão direita dos homens segura a mão esquerda das damas, que usam as saias para acompanhar os movimentos do companheiro.
Basicamente, os movimentos são compostos de dois passos à direita e levanta o pé esquerdo, e dois passos para a esquerda, levantando o pé direito. A seqüência é repetida por duas vezes. Depois, os pares se enlaçam e, em passos com pequenos pulos, vão formando um grande círculo que gira em sentido anti-horário.
Na terceira vez em que a música se repete, os pares se soltam. Os homens passam a dançar com o braço esquerdo para cima. Já a dama, mesmo segurando a saia muito rodada, fica com o braço livre, girando uma vez para cada lado. A dança vai prosseguindo até que, de súbito, a música pára e o casal que estiver mais próximo do conjunto musical tem que cantar uma quadra sem acompanhamento, enquanto os outros casais permanecem calados no mesmo lugar, apenas marcando o passo.
O nome “Desfeiteira” vem das origens dessa manifestação folclórica. Conta-se que os escravos africanos e os índios Boraris, que habitavam aquela região do Pará, reuniam-se no barracão ao final do dia para momentos de descontração. Nesses momentos, dançavam e cantavam músicas compostas de improviso onde, em geral, faziam críticas bem humoradas a seus senhores, para “desfeiteá-los”. Por isso que até hoje quando a música pára, o casal mais próximo tem que recitar as quadras engraçadas, como se estivesse sendo “desfeiteado”.



PRETINHA D'ANGOLA

Até o inicio do século, essa manifestação foi extremamente praticada. As escravas africanas e suas descendentes reuniam-se na praça matriz de Santarém, em frente à igreja, para mostrar sua animação. No entanto, depois da abolição da escravatura, esse hábito de dançar, em praça pública, a frenética coreografia que vinha de Angola foi deixando de ser tão frequente.
A Pretinha D’Angola é dançada formando um círculo, em pares. Apenas mulheres participam dessa manifestação folclórica. Os movimentos seguem a orientação dos versos que vão sendo cantados pelos músicos durante a coreografia. Entre os temas cantados estão os trabalhos realizados pelos negros na senzala. Mas um dos temas mais ressaltados são as mágoas daquele período da história do Brasil, com humilhações e açoites aos negros que só eram esquecidos, momentaneamente, durante as festas populares que eles promoviam quando estavam reunidos longe dos olhos de seus senhores, nos raros momentos de descanso.
Durante a execução da Pretinha D’Angola, as dançarinas se organizam em pares e vão trocando de lugar, posicionando-se de frente uma para a outra, dando voltas para ambos os lados, sempre agitando suas saias rodadas. É usado um conjunto de saia e blusa brancos, com muitos adornos nos braços e pernas: pulseiras com contas coloridas e tornozeleiras. As cabeças são adornadas com arranjos de flores bem coloridos e chamativos. O acompanhamento musical é feito com instrumentos de pau, de corda e de sopro como: Curimbós, maracás, ganzáz, banjos, cacetes e flautas.


DANÇA DO CARIMBÓ

A mais extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semi-deuses.Inicialmente, segundo tudo indica, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano. Por isso contagiava até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.Coreografia: A dança é apresentada em pares. Começa com duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltada para o centro. Quando a música inicia os homens vão em direção às mulheres, diante das quais batem palmas como uma espécie de convite para a dança. Imediatamente os pares se formam, girando continuamente em torno de si mesmo, ao mesmo tempo formando um grande círculo que gira em sentido contrário ao ponteiro do relógio. Nesta parte observa-se a influência indígena, quando os dançarinos fazem alguns movimentos com o corpo curvado para frente, sempre puxando-o com um pé na frente, marcando acentuadamente o ritmo vibrante.As mulheres, cheias de encantos, costumam tirar graça com seus companheiros segurando a barra da saia, esperando o momento em que os seus cavalheiros estejam distraídos para atirar-lhes no rosto esta parte da indumentária feminina. O fato sempre provoca gritos e gargalhadas nos outros dançadores. O cavalheiro que é vaiado pelos seus próprios companheiros é forçado a abandonar o local da dança.Em determinado momento da "dança do carimbó" vai para o centro um casal de dançadores para a execução da famosa dança do peru, ou "Peru de Atalaia", onde o cavalheiro é forçado a apanhar, apenas com a boca, um lenço que sua companheira estende no chão. Caso o cavalheiro não consiga executar tal proeza sua companheira atira- lhe a barra da saia no rosto e, debaixo de vaias dos demais, ele é forçado a abandonar a dança. Caso consiga é aplaudido.

DANÇA DO MAÇARICO

O nome da dança faz menção a uma ave de pequeno porte. O corpo é desproporcional em relação às pernas que são muito compridas e finas. O pequeno Maçarico se locomove em passos rápidos. É um pássaro muito arisco e também muito comum em praias e rios de vários pontos da Amazônia, em especial nos estados do Pará e Amazonas.
A dança tem esse nome exatamente por lembrar o movimento acelerado do pássaro. A musicalidade é marcada por versos cantados pelos próprios participantes que indicam os passos a serem desenvolvidos. As mulheres são sempre a referência para o desenrolar da dança.
Segundo informações do Grupo Parafolclórico Frutos do Pará, de Belém, “somente na parte relacionada ao coro é que os movimentos se repetem de acordo com o assunto tratado no determinado momento. As palavras em si não indicam propriamente os movimentos e sim, a marcação cênica, muito fácil de ser executada”.
Os pares de dançarinos desenvolvem a dança em velocidade acelerada, tanto quanto os passos do pequeno maçarico a percorrer as margens dos rios amazônicos.


LUNDU

"Lundu" é uma dança de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos. A sensualidade dos movimentos já levou a Côrte e o Vaticano a proibirem a dança no século passado. No Brasil o "Lundu", assim como o "Maxixe" (a dança excomungada pelo Papa), foi proibido em todo Brasil por causa das deturpações sofridas em nosso país. Mas, mesmo às escondidas, o "Lundu" foi ressurgindo, mais comportado, principalmente em três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do Marajó, no Pará.Coreografia: A dança simboliza um convite que os homens fazem às mulheres "para um encontro de amor sexual". O "Lundu", considerado ao lado do "Maxixe ", uma dança altamente sensual, se desenvolve com movimentos ondulares de grande volúpia. No início as mulheres se negam a acompanhar os homens mas, depois de grande insistência, eles terminam conquistando as mulheres, com as quais saem do salão dando a idéia do encontro final.

XOTE BRAGANTINO

O "Xote" (Schotinch) tem sua origem na mais famosa dança folclórica da Escócia na segunda metade do século XIX. Aos poucos foi conquistando a Europa. Na Alemanha ganhou um ritmo valsado pela influência da Valsa Vienense. Na Inglaterra a dança era saltitante. Já na França os passos ganharam ritmo semi- clássico, com um andamento um tanto mais lento que o atual. Talvez por causa da indumentária feminina que, naquela época, dificultava os movimentos rápidos. Trazida para o Brasil pelos colonizadores, despertou, desde o início, um grande interesse no povo brasileiro que, por sua vez, também fez seus acréscimos. No Estado do Pará os portugueses cultivavam o chote com bastante entusiasmo em todas as reuniões festivas assistidas de longe pelos escravos africanos. A dança foi aproveitada, de fato, pelos negros em 1798, quando eles fundaram a Irmandade de São Benedito, no município de Bragança, que deu origem à Marujada. Outras danças de origem européia também vieram formar o novo ritmo, mas é no "Xote" que está o maior interesse do povo bragantino nas apresentações públicas da "Marujada". A dança é executada repetidas vezes, valendo acrescentar que até mesmo os jovens bragantinos preferem o "Xote" a qualquer outra dança popular.Coreografia: Os movimentos coreográficos do "Xote" primitivo praticamente já não existem em Bragança. Lá o povo fez belas adaptações, criando detalhes de impressionante efeito visual, que sempre despertam grande entusiasmo em todas as pessoas que assistem e se empolgam com a graciosa desenvoltura das dançarinas.

DANÇA DO SIRIÁ

A mais famosa dança folclórica do município de Cametá é uma das manifestações coreográficas mais belas do Pará. Do ponto de vista musical é uma variante do batuque africano, com alterações sofridas através dos tempos, que a enriqueceram de maneira extraordinária. Contam os estudiosos que os negros escravos iam para o trabalho na lavoura quase sem alimento algum. Só tinham descanso no final da tarde, quando podiam caçar e pescar. Como a escuridão dificultava a caça na floresta, os negros iam para as praias tentar capturar alguns peixes. A quantidade de peixe, entretanto, não era suficiente para satisfazer a fome de todos.Certa tarde, entretanto, como se fora um verdadeiro milagre, surgiram na praia centenas de siris que se deixavam pescar com a maior facilidade, saciando a fome dos escravos. Como esse fato passou a se repetir todas as tardes, os negros tiveram a idéia de criar uma dança em homenagem ao fato extraordinário. Já que chamavam cafezá para plantação de café, arrozá para plantação de arroz, canaviá para a plantação de cana, passaram a chamar de siriá, para o local onde todas as tardes encontravam os siris com que preparavam seu alimento diário.Coreografia: Com um ritmo que representa uma variante do batuque africano, a "dança do siriá" começa com um andamento lento. Aos poucos, à medida que os versos vão se desenvolvendo, a velocidade cresce, atingindo ao final um ritmo quase frenético. A "dança do siriá" apresenta uma rica coreografia que obedece às indicações dos versos cantados sendo que, no refrão, os pares fazem volteios com o corpo curvado para os dois lados.

XAXADO

O xaxado é uma dança nascida no seio do Sertão, nas caatingas secas castigadas pelo sol ardente, praticada por cangaceiros, homens rudes condenados por uma questão social, a viver perseguindo e perseguidos sem destino. Era praticado nas horas de descanso ou depois dos tiroteios, quando saiam vitoriosos. O arrastado das sandálias de sola, feitas de couro, no chão duro e batido, provocavam o ruído semelhante ao xá-xá, daí o nome xaxado.Foi praticado com mais intensidade e mais divulgado por Lampião, o rei do Cangaço e seu bando que gostava de músicas e danças. Os próprios cangaceiros criavam as letras das músicas tocadas e cantadas pelo próprio bando, a exemplo da música Mulher Rendeira, hino de Lampião que entoava quando se sentia seguro de ataques e tocaias.

LENDA DO BOTO


Diz uma lenda amazônica que o boto transforma-se e vai às festas da região, ele vira um homem bonito e forte, um caboclo vestido de branco, bronzeado e muito perfumado que convida as moças para dançar e depois as seduz, mas o boto nunca tira o chapéu para esconder seu segredo, um buraco na cabeça por onde ele respira, ele também toma muito cuidado para ir embora das festas antes do amanhecer.
Por isso, toda a donzela era alertada por suas mães para tomarem cuidado com flertes que recebiam de belos rapazes em bailes ou festas. Por detrás deles poderia estar a figura do Boto, um conquistador de corações, que pode engravidá-las e abandoná-las.
A lenda serve como pretexto para moças justificarem a gravidez sem casamento. "Foi o boto", dizem.


LENDA MATINTA PEREIRA

Esta velhinha que solta um assovio estridente e que dá a impressão de estar gritando o seu próprio nome, é uma das mais conhecidas da Amazônia. A Matinta Perêra conhecida como a velha do vestido preto e que tem os cabelos caídos no rosto, e tem hábitos noturnos, principalmente nas noites sem luar, causando um verdadeiro pavor às pessoas. Esta horrível velhinha aparece em diferentes e diversas formas, podendo aparecer em forma de porco, cavalo, pato, pássaro e galinha. Na manhã seguinte a primeira pessoa que chegar a sua casa pedindo tabaco e uma xícara de café, esta é a velha matinta perêra. O mito matinta perêra pode ser de dois tipos, com asa e sem asa, a que tem asa pode transformar-se em pássaro e voar nas cercanias do lugarr onde mora; a que não tem, anda sempre com um pássaro, considerado agourento, identificado como rasga-mortalha. Dizem que a matinta perêra está para morrer, pergunta: - Quem quer? Quem quer?
E se alguém mais afoito, principalmente mulher, disser: “Eu quero!”, pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou jóia, recebe na verdade, “a sina de virar” matinta perêrta.
Há uma fórmula mágica que permite “prender” a matinta perêra. Uma delas exige uma tesoura virgem, uma chave e um terço. Cerca de meia-noite deve-se abrir a tesoura e enterrar na área, colocar no meio a chave e por cima o terço. Após, reza-se orações especiais, a matinta perêra ficará presa ao local não conseguindo afastar-se...

Matinta perêra
Papa terra já morreu
Quem te governa sou eu.

Acredita-se que a matinta perêra possui poderes sobrenaturais, causando prejuízos, é capaz de lançar feitiço em suas vítimas, principalmente em se tratando de saúde, causando fortes dores de cabeça e podendo até mesmo levá-las a morte. Mas é muito fácil descobrir quem é a velha matinta perêra: ao ouvir o seu assovio convide-a para ir na sua casa e ofereça tabaco e café pela manhã e com certeza ela será a primeira pessoa que vai pedir tabaco e café na manhã seguinte.


LENDA DO MAPINGUARI



É um fantástico ser da mata. Muito temido entre os caçadores e caboclos do interior do Estado, o Mapinguari costuma andar pela floresta emitindo gritos semelhantes aos desses homens. Mas se algum deles se aproxima, Mapinguari ataca e devora o caçador começando pela cabeça. Raramente conseguem sobreviver e, quando isso acontece, geralmente ficam aleijados ou com marcas horríveis pelo corpo.Mapinguari tem o corpo todo coberto de pelos, com a aparência de um enorme macaco. Possui um único olho na testa e uma boca gigantesca que se estende até a barriga.